Em 1996 os monstros do rock passaram pelo Brasil, dentre eles Iron Maiden com o vocalista Blaze Bailey na sua melhor fase, se é que teve uma boa fase, mas enfim, foi digno do posto na minha opinião. Sendo assim, eu no auge dos meus 15 anos, enchi o saco do meu pai, de novo, para irmos até Curitiba assistir este evento, que foi um show da turnê que passaria com o show principal do Monsters em SP. No mesmo formato que teremos este ano no Brasil.
A convite do meu amigo Careca, fomos eu, ele, o Dudu, e meu pai. Com um fusca desgraçado branco que a porta do carona abria sozinha e os faróis dianteiros eram horríveis. Praticamente um panzer subindo e descendo a serra de Curitiba. Mas chegamos lá durante o dia. Claro, que a bobina esquentou e tivemos que fazer uma parada em São José dos Pinhais e colocar uma estopa molhada em cima.
Mas falando do show, não vi meu pai o show todo, diz ele que ficou mais para trás nos bastidores e viu o pessoal do Iron Maiden bem de perto, como era mais velho, ninguém se deu conta. Nós 3 fomos para a galera, claro.
Abriu com Helloween, um show curto, da turne do Time of The Oath, muito bom, energia demais como o power metal tem que ser.
Depois veio a Barbie e sua banda, não foi uma boa ideia o Skid Row tocar no Brasil naquela época na minha opinião, tinha uns 10 die hard fãs no meio da galera, o restante, inclusive eu, fiquei jogando coisas no palco, infantilidade, mas a banda respondia com gestos bem idiotas a tudo isso, mostrando que não mereciam estar ali, tanto que depois nunca mais pisaram aqui...e foram para o buraco e tocar em botecos nos EUA. Hoje o Sebastian Bach tem seu respeito e vem ao Brasil frequentemente.
Motorhead entrou no palco com Sacrifice, e Over Your Shoulder, um álbum animal que ouviamos até gastar nessa época. Um show muito bom, digamos que Motorhead no seu auge da forma.
Para finalizar, Iron Maiden, a donzela capenga entrou com tudo meio tom abaixo, e nas musicas novas, infinitas baladas e calmas, acho que teve gente que dormiu...não funciona ao vivo.
Mas os clássicos valeram a pena. No final das contas quando se tem 15 anos de idade não se tem visão critica e digamos, experiente como temos hoje...mas valeu a festa e fica a saudade da parceria daquela época...